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Mostrando postagens de agosto, 2022

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O dia que eu sonhei com o discurso da minha morte (ou quase isso)

 O que eu vou contar pode parecer uma bela história de fanfic mas acreditem, não é. Na noite de ontem para hoje eu tive um dos sonhos mais interessantes dos quais eu já tive na minha vida, um sonho repleto de simbologias das quais eu não conseguirei decifrar tão cedo e com uma carga estranha de leveza. Mas fiquem calmos, eu irei explicar como foi o sonho em partes. O sonho começou comigo entrando em um local tipo uma igreja, ao meu redor existiam olhos que se moviam nos lugares dos azulejos ou talvez do que poderiam ser tijolos, essa parte poderia ser muito bem interpretada como “você está sempre sendo observado” o que não deixa de ser mentira, afinal de contas, eu sei que sou observado. Mas a parte mais intrigante desse sonho é que após a revelação do que chamarei aqui de guia espiritual (essa parte não irei entrar em detalhes), me surgiu a minha própria voz, numa versão mais madura e mais consciente de si fazendo um discurso, discurso em tom fúnebre ou talvez em outro tipo de sit...

O que aprendi não tendo um pai presente.

Fotos e vídeos de pessoas abraçando e amando seus pais por todos os lados nas redes sociais anunciam que o dia mais temido e talvez um dos piores da minha vida chegou: o famoso dia dos pais. Sim, este texto é sobre as minhas péssimas experiências enquanto figura paterna e não, não crucifico ninguém por ter pai presente, o objetivo aqui não é esse.  Sempre que me perguntam por meu pai eu digo que eu o via até os 12 anos de idade, não que a sua presença valesse algo, afinal de contas, era como se existisse um fantasma que apenas estava ali para beber e perturbar a minha paz dentro da minha própria casa, mas até os meus 12 anos ele ainda estava ali. Ou melhor, fingia estar. Apesar de a figura quase desaparecida dele não ser muito forte em minha vida em algumas questões, com o tempo eu pude aprender certas coisas que fui entendendo como vitais para minha sobrevivência, além dos traumas que adquiri, o que em inglês chamamos de “daddy issues”. Com a não presença do meu pai eu aprendi que...