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Mostrando postagens de 2022

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2022. 73 mil visualizações e 8 anos de blog.

Mais um ano está acabando, oficialmente 2 dias para o fim dele e nesse ano, esse blog completa 8 anos. Que irreal né? Muita coisa mudou desde o dia que decidi criar esse blog pela primeira vez lá nos meus 15 anos. Lembro que tudo isso aqui era apenas para postar meus pensamentos, ideias e coisas que eu não falava e para ser sincero, eu jamais imaginaria que escrever se tornaria minha profissão. Nem que as pessoas iriam gostar do que eu escrevo ao ponto de me pagar para isso. Em 8 anos muitos rumos foram mudados, eu deixei de escrever aqui no blog todos os meses e passei a escrever em outros lugares mais frequentemente, porém, de pouco em pouco conseguimos chegar a marca de 73,7 mil visualizações aqui. Isso mesmo, 73 mil pessoas já leram o que eu escrevi.  Para vocês terem ideia, 73 mil é um número muito maior quase 5 vezes que o número de habitantes da cidade em que nasci, e é maior que a população das Ilhas Marshal. Apesar de esse ano só ter acontecido cerca de 15 postagens, tivem...

Não me leve a mal, mas eu não gosto de você.

  “Assumir não gostar de alguém requer muita coragem” uma pessoa me disse isso uma vez enquanto estávamos falando sobre situações conflituosas da vida e de modo geral, eu acredito nisso. Afinal de contas, num mundo repleto de fantasias e idealizações falsas sobre outras pessoas, ser sincero é uma virtude. Porém, é sempre bom se recordar que existe uma linha tênue entre a sinceridade e entre a falta de educação ou grosseria, não se conectar com alguém ou não ir de acordo com as ideias e posições dela não tem nada a ver com você querer com que ela suma da face da terra, somos seres humanos complexos e diversos, o que nos torna diferentes em pensamentos e em ações, sempre estamos encontrando pessoas que se alinhem com a nossa visão ou não. Acredito que já passou do momento de conseguirmos enxergar o outro para além das nossas próprias perspectivas ou para além do campo da equação de “não gosta de mim = não presta”, raras pessoas gostam de todo mundo ou como dizem: “quem é amigo de tod...

Distância (5 coisas que gostaria de ter dito mas não disse P.5)

A distância era a única coisa que nos separava. Quilômetros que obviamente evidenciavam o nosso fim. Quilômetros que diziam: “Desistam. Este é o destino de vocês”. Eu fui ingênuo de acreditar que qualquer dia desses eu cruzaria com você na rua. Que eu acenaria de volta e você responderia. Teríamos uma das longas conversas bobas que sempre tivemos. Até que eu entendi que nunca nos entendemos. O tempo passou. Os meses se foram. Eu virei mais um troféu empoeirado na sua prateleira. Mais um brinquedo jogado no chão, esquecido. Ingenuidade ou carência? Trocas de afeto são apenas um remédio para a nossa carência. E eu supri a sua. Você supriu a minha. A única diferença é que nossas carências são diferentes. No fundo, bem lá no fundo somos divergentes. Seres que não nasceram para ficar juntos. E coube a distância mostrar que não nascemos no mesmo conjunto.

Escolhas ruins também são escolhas (5 coisas que gostaria de ter dito mas não disse P.4)

Vida. Morte. Vazio. Solidão. Palavras que soltas não significam nada. Mas que juntas a sentimentos significam tudo. Quem acalma a nossa mente quando tudo parece estar perdido? Quem cria um novo mundo com uma nova vida quando tudo parece estar no fim? Morte. Fim dos tempos. Fim de eras. São as palavras que gritam em minha cabeça. Mas quem me dará a coragem para findar mais uma era? Quem me verá ouvir dizer isso e dirá: “que boa escolha”?

best friEND (5 coisas que gostaria de ter dito mas não disse P.3)

De pouco em pouco eu vou me desprendendo. Me redescobrindo e me reencontrando. Abandonar uma guerra é triste,  Mas ela se torna mais triste quando é com alguém que você não esperava. Eu não vim aqui para lutar, Nem tão pouco para me perder, Eu vim para me descobrir, E sempre que precisar, eu irei me redescobrir. Tenho aprendido a gostar de mim. Gostar do tempo e suas mudanças. Gostar dos finais e dos novos começos. Tenho aprendido a viver sem medo. Por mais que eu diga que amizades não possuem um fim, Eu entendo que você precisa partir. E eu entendo por qual motivo eu preciso deixar você ir. O tempo bom acabou e eu não irei lutar uma guerra enquanto prego o amor.

Pontos de continuação não acabam textos (5 coisas que gostaria de ter dito mas não disse P.1)

Eu queria muito um dia parar de tentar curar as pessoas. Parar de ser alguém que dá de si demais, Alguém que esquece que o outro também precisa ceder. Que ambos precisam ceder. Eu queria muito deixar de ser um ponto. Mas não qualquer ponto, Queria deixar de ser um ponto de continuação. Daqueles que as pessoas param mas nunca ficam. As vezes eu me sinto que nem aqueles portos em que os barcos ficam ancorados. Barcos vem, barcos vão mas nunca ficam. Eu queria muito parar de sentir o que eu sinto. Parar de ser como sou. Mas infelizmente eu não posso deixar de ser quem sou. Eu não posso deixar de curar as pessoas. Por mais que no fim eu fique doente. Algumas coisas não escolhemos. Entre virgulas, pontos de continuação e pontos finais. Sempre vai existir um texto a ser escrito. Um novo capítulo para se finalizar. E eu temo que o nosso não irá mais continuar.

Armas (5 coisas que gostaria de ter dito mas não disse P.2)

Pregar o amor é fácil quando você ignora quem precisa de amor. Pregar o amor é fácil quando você trata pessoas como lixo. Pessoas que todos os dias por você passa despercebido. As vezes eu me sinto como um nada. Olhares me fitam e me julgam. Olhares me olham e me condenam a morte. Mas quem condenará aqueles que condenam? Facas. Armas apontadas para mim. Tiros soltos. Olhares que ultrapassam. Meu corpo é um espelho e ele só reflete aquilo que você é no íntimo. E no íntimo você é nada mais que, Um lixo ambulante que diz odiar o pecado enquanto ignora que você é o pecado mais terrível.

O dia que eu sonhei com o discurso da minha morte (ou quase isso)

 O que eu vou contar pode parecer uma bela história de fanfic mas acreditem, não é. Na noite de ontem para hoje eu tive um dos sonhos mais interessantes dos quais eu já tive na minha vida, um sonho repleto de simbologias das quais eu não conseguirei decifrar tão cedo e com uma carga estranha de leveza. Mas fiquem calmos, eu irei explicar como foi o sonho em partes. O sonho começou comigo entrando em um local tipo uma igreja, ao meu redor existiam olhos que se moviam nos lugares dos azulejos ou talvez do que poderiam ser tijolos, essa parte poderia ser muito bem interpretada como “você está sempre sendo observado” o que não deixa de ser mentira, afinal de contas, eu sei que sou observado. Mas a parte mais intrigante desse sonho é que após a revelação do que chamarei aqui de guia espiritual (essa parte não irei entrar em detalhes), me surgiu a minha própria voz, numa versão mais madura e mais consciente de si fazendo um discurso, discurso em tom fúnebre ou talvez em outro tipo de sit...

O que aprendi não tendo um pai presente.

Fotos e vídeos de pessoas abraçando e amando seus pais por todos os lados nas redes sociais anunciam que o dia mais temido e talvez um dos piores da minha vida chegou: o famoso dia dos pais. Sim, este texto é sobre as minhas péssimas experiências enquanto figura paterna e não, não crucifico ninguém por ter pai presente, o objetivo aqui não é esse.  Sempre que me perguntam por meu pai eu digo que eu o via até os 12 anos de idade, não que a sua presença valesse algo, afinal de contas, era como se existisse um fantasma que apenas estava ali para beber e perturbar a minha paz dentro da minha própria casa, mas até os meus 12 anos ele ainda estava ali. Ou melhor, fingia estar. Apesar de a figura quase desaparecida dele não ser muito forte em minha vida em algumas questões, com o tempo eu pude aprender certas coisas que fui entendendo como vitais para minha sobrevivência, além dos traumas que adquiri, o que em inglês chamamos de “daddy issues”. Com a não presença do meu pai eu aprendi que...

A pseudo solidão de um mundo de telas

 "Saber ser solitário é fundamental para a arte de amar. Quando conseguimos estar sozinhos, podemos estar com os outros sem usa-los como formas de escape" esta é uma frase de um longo paragrafo da Bell Hooks em um livro que ela fala sobre o amor e suas maiores desavenças conosco enquanto seres humanos, mas se você já está pensando que este é um texto sobre as vezes que quebraram meu coração, ou me trocaram, você está enganado. Este é um texto para falar sobre uma característica que nós enquanto membros da sociedade possuímos bastante - medo de ficar sozinho. De modo geral, eu diria que sempre estamos buscando por formas de negarmos aquela ideia de que viemos ao mundo só e voltaremos dele da mesma forma, inclusive, acredito que por isso criamos um sistema tão perfeito em que não conseguimos ficar sozinhos, afinal de contas, todos os dias estamos mexendo no celular, assistindo série, vendo filmes, lendo coisas na internet e fazendo o tempo passar, simplesmente para ignorarmos o...

Dias chuvosos me lembram

Dias chuvosos sempre me lembram do tempo que não volta. Daquele tempo mais calmo, onde tudo era paz. Me lembra de quando eu corria por aí, solto ao vento —Estar debaixo da chuva era normal. Não existia doença nem tão pouco o medo do olhar do outro. O tempo passou, isso é óbvio e evidente. Eu cresci, os dias chuvosos mudaram, o tempo se contorce para o seu fim, ou melhor, para o meu fim. Não que não exista dias chuvosos em meu tempo, mas é que hoje eles significam muitas coisas e raras delas são boas, raras delas significam que eu poderei entrar em casa correndo, sujo de lama, ouvindo gritos da minha mãe pedindo para eu correr pro banho pois a janta já irá sair. Os dias chuvosos hoje me lembram luta. Correr contra o tempo, correr para não se molhar, correr correr e correr. É isto que os dias chuvosos hoje significam.  Não significam mais paz, significam caos, destruição, medo. Apesar de que eu acredito que naquele tempo também significasse para alguém essas mazelas do tempo, o homem...

Em alguns momentos é preciso se jogar com o inimigo para se enxergar uma saída - 1 ano de Dancing With The Devil

Não tem muitos dias que se fez um ano que Demi Lovato lançou uma das músicas que na minha opinião é a mais sincera da sua carreira depois de Anyone e Sober, Dancing With The Devil pauta os momentos pré e pós overdose que Demi sofreu em Julho de 2018, o clipe da mesma música retrata o processo em que Lovato quase morre, ou como dito na música “chega mais próximo do céu do que imaginamos”, vale lembrar que sua overdose ocasionou em 3 derrames, um ataque cardíaco e um ponto cego no olho. Todas as pessoas próximas a mim sabem que sou um dos grandes admiradores de Demi por exatos 10 anos, já vi bastante coisa e me conecto com Demi de diversas formas, como por exemplo, por termos uma vida quase parecida em algumas questões que são bem expostas na sua carreira. Dancing With The Devil em minha opinião, configura um dos maiores processos da vida que passamos mais cedo ou mais tarde: Deixaremos vícios destruir nossas vidas ou iremos tomar conta dela? É um processo complexo e intenso pensar que p...

A síndrome de ser trocado e a ideia de nunca poder ser amado

Socialmente falando existem alguns grupos de pessoas que nunca foram vistas ou escolhidas como pares românticos nas escolas da vida ou em festas de formatura, este é um padrão que de tanto vermos ou sofrermos nós reproduzimos por muito tempo. Ao crescermos tendemos a nos juntar a grupos específicos de pessoas e tendemos a vez ou outra reproduzirmos este mesmo pensamento, uma espécie de escolha: "Fulano A serve e fulano B não serve". Obviamente este não é um texto para criticar opções de escolha, afinal, eu também tenho as minhas, mas para dialogar sobre quando esse processo de escolha deixe de ser escolha e se torna traumático para algumas pessoas. Beleza segundo o dicionário Oxford Languages é "caráter do ser ou da coisa que desperta sentimento de êxtase, admiração ou prazer através dos sentidos" , o que obviamente é um padrão, afinal de contas, somos ensinados desde cedo a gostarmos do que é belo e vermos o que é belo, mas essa história seria linda se não fizéssem...

Pessoas fortes sofrem, choram e na maioria das vezes não possuem em quem se apoiar

 Eu sou um jovem de 21 anos, para bem ou para mal comecei realmente a viver a vida como deveria viver apenas quando eu possuía 19 anos, mas a história que me levou a escrever esse texto não começa aos 19 anos e nem tão pouco na minha adolescência, ela começa no meu nascimento e que por diversas vezes eu chego a acreditar que talvez tenha nascido na era errada. Ser forte ou não ser forte para algumas pessoas pode parecer uma escolha, mas para mim isso nunca foi uma escolha, ser forte não era apenas mais uma opção em meu catálogo de opções, ser forte era necessário naquele momento e que hoje em dia eu ainda trago resquícios daquele momento e que me tornou uma pessoa racionalmente forte (fazendo menção a pessoa que disse que eu era extremamente racional e certeiro em minhas falas), porém, mesmo que parecer uma pessoa forte possa ser bom, nem sempre traz os melhores benefícios, afinal de contas, pessoas fortes são tidas como inquebráveis, pessoas fortes não choram e não possuem sentime...

Quantas vezes você já foi amado? - O amor para além da arte e suas características

Para Bell Hooks em seu livro "Tudo sobre o amor", amor é muito mais do que apenas um meio ou um sentimento de algo demonstrado em seus relacionamentos e troca de afeto, para Bell Hooks o amor é uma ação e em seu livro a mesma cita que amor é a " vontade de se empenhar ao máximo para promover o próprio crescimento espiritual ou o de outra pessoa", importante citar que quando a mesma diz sobre espiritualidade, ela não está falando sobre religião e sim sobre as relações que temos entre nós mesmos, nossas trocas. De certa forma, o amor para muitos é apenas o meio ou o fim para algo que apesar de ser falado muito sobre, não se sabe o seu verdadeiro significado e que consequentemente demonstra a incapacidade que existe em não saber amar, afinal de contas, é mesmo possível praticar e fazer algo que você não conhece? Falar de amor pode parecer algo simples, mas quando se trata da sociedade em que vivemos, nem tudo é simples e quando se fala da nossa sociedade é importante l...

Quando o show acaba, as luzes se apagam e a plateia vai para casa

  Recentemente vi uma postagem nas redes sociais que continha a seguinte imagem: De um lado uma pessoa sozinha em uma arquibancada e do outro, uma plateia imensa aos aplausos, abaixo da arquibancada com apenas uma pessoa existia a frase o apoio e abaixo da imagem da arquibancada lotada dizia os aplausos. Aparentemente pode até parecer mais uma postagem da internet que fala sobre apoio de pessoas próximas em projetos pessoais ou não, mas parando para pensar antes de escrever isso, eu notei um fator interessante que é perceptível de se notar em muitos projetos. Por mais que seja importante o apoio de pessoas próximas, e eu reconheço a necessidade deste apoio, é notável que de uns anos para cá as pessoas não fazem mais as coisas por gostarem de fazer, elas fazem algo com a necessidade de obterem apoio de alguma pessoa ou os aplausos de uma plateia em festa, mas quando você não realiza algo por gostar e sim por querer aplausos, o que acontece quando estes aplausos não chegam? De modo g...