Por muito tempo eu me prendo a uma vida que não era minha. A uma rotina que eu não queria mais. A uma vida que não era mais um dos meus ideais. Hoje, na beira dessa ponte eu olho para trás e vejo que quase tudo foi em vão. Afinal de contas eu sempre estive na contramão. Afinal, eu sempre busquei ter mais munição. Eu respiro fundo e vejo o vento bater forte no meu rosto. Ele é frio. Mas meu coração está vazio. Conto até três e pulo da ponte. Deixando para trás todas as incertezas. Deixando para trás todas as espertezas. A água irá me transformar. A água fará com quê eu nasça de novo. A água é a mãe do meu ‘EU’ novo.