"Eu sempre fui tratado como um galo de briga. Eu tive que estudar a arte da guerra. Eu conheço todos os guerreiros, de Carlos Magno até Aquiles, o guerreiro número um de todos, de Alexandre até Napoleão, eu conheço todos. Eu li e estudei sobre todos eles, eu conheço a arte da guerra, eu só estudei isso e é por isso que qualquer um tinha medo de ficar na minha frente" , é assim que Hasos , o novo álbum do Baco, se inicia e é a partir daí que começa o nosso questionamento: Como nascem os guerreiros? A abertura é um manifesto. Baco não está dizendo apenas que conhece a guerra, ele está dizendo que viveu nela. Cresceu nela. Foi esculpido por ela. E é justamente esse molde, feito de dor, estudo, resistência e sobrevivência, que conduz toda a experiência do álbum. Por que o álbum se chama Hasos ? O nome carrega um enigma. Baco explicou que: “É um anagrama. Para achar o significado, você tem que botar os traços e as pontas no lugar certo. A gente simplificou. Hasos significa ‘a h...
Tem dias em que eu realmente acredito que minha vida é um daqueles filmes de comédia que passam às duas da manhã, não porque são bons, mas porque ninguém mais quis transmitir. A diferença é que, no meu caso, não tem controle remoto para trocar o canal, nem botão de “pular para a parte em que tudo dá certo”. É como se o universo tivesse reunido um elenco duvidoso, um orçamento baixo e um roteiro claramente escrito em cima da hora. Aí você acorda, pronto para ser o protagonista… e descobre que, na verdade, é só o figurante número 3 que tropeça no tapete na primeira cena. Mas, por algum motivo inexplicável, talvez esperança, talvez teimosia, a gente continua assistindo. Porque vai que melhora, né? Vai que no meio das trapalhadas, das falas improvisadas e das situações constrangedoras, de repente aparece aquele plot twist que faz tudo valer a pena. O problema é que o tal plot twist costuma ser só um boleto inesperado, um e-mail passivo-agressivo ou o vizinho fazendo barulho na hora que v...